Parque Olímpico investe em sustentabilidade, com reaproveitamento completo das estruturas construídas

Parque Olímpico investe em sustentabilidade, com reaproveitamento completo das estruturas construídas

POR ERNESTO NEVES –

Jogos Rio 2016 usam o conceito de arquitetura nômade, que dão novo uso às arenas após competições sustentabilidade

 Sustentabilidade

Ponto nevrálgico dos Jogos Rio 2016, o Parque Olímpico da Barra é também um exemplo de sustentabilidade. A obra escora-se em um dos mais modernos conceitos da engenharia, a arquitetura nômade, que prevê o completo reaproveitamento de estruturas construídas, que ganham novas utilidades após os Jogos.

O Centro Internacional de Transmissão (IBC, na sigla em inglês) é um dos exemplos de arquitetura inteligente, que evita desperdício de materiais e o subaproveitamento do edifício. Suas estruturas metálicas dão suporte a um prédio com capacidade para 10 mil pessoas. Ele será desmontado e reutilizado nos Jogos de Inverno da Coreia, em 2018, e nos Jogos de 2020, em Tóquio, no Japão.

Construção

Um dos projetos mais inovadores é o da Arena do Futuro. Casa do handebol, ela foi feita através do encaixe de módulos pré-moldados. Isso elimina o desperdício de materiais como o concreto, além de reduzir o tempo de obra. Ao término dos Jogos, a Arena será transformada em quatro escolas municipais.

As três Arenas Cariocas também foram adaptadas ao conceito de arquitetura nômade. Enquanto a Arena 1 será um centro de excêlencia esportiva para atletas de 12 modalidades, a Arena 2 será um local de treinamento. Já a Arena 3 se transforma no Ginásio Experimental Olímpico (GEO), espaço esportivo voltado para escolas públicas com capacidade para 850 alunos.

Obras

O Velódromo, por sua vez, realiza a captação da água de chuva para utilização posterior, enquanto o Centro Olímpico de Tênis possui paredes que permitem a ventilação natural.

Obras

Instalado às margens da Lagoa de Jacarepaguá, a região do Parque Olímpico concentra um dos últimos refúgios da vida selvagem no Rio. Por isso, um projeto pioneiro restaurou uma área de 73 mil metros quadrados de restinga e manguezal às margens da Lagoa.

 

“A área estava degradada e repleta de vegetação invasora. Com o reflorestamento, já é possível notar a volta de animais como capivaras, além de muitos pássaros”, conta Tânia Braga, gerente de sustentabilidade do Comitê Rio 2016.

 

 

 

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